segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Desafio Literário 2011 - Janeiro: Literatura Infanto-juvenil

"No mês das férias, vamos nos divertir com a criançada e aproveitar o tempo junto da família com muita leitura! Que tal escolher algumas obras destinadas às crianças e aos adolescentes para o Desafio Literário 2011? No site da Revista Crescer há uma variedade de sugestões, considerando as faixas etárias de 1 a 10 anos."

Todos os meses do DL2011vou postar alguma coisa a respeito do tema, além de resenhar alguns livros que não constam na minha lista original. E o primeiro mês é de Literatura Infanto-Juvenil.

Em primeiro lugar, a literatura Infanto-Juvenil não é uma literatura escrita EXCLUSIVAMENTE para jovens ou crianças, mas um texto que esses grupos de leitores tendem a identificar-se. Outro ponto importante é que nem sempre é muito claro o que é infantil e o que não é, pois, "Alice no País das Maravilhas" (por exemplo) possui uma complexidade impressionante, e um clássico como "O Barão nas Árvores" possui em certos momentos uma graciosidade infantil nas palavras. Alguns livros como "O Senhor dos Anéis" foi nitidamente escrito para adultos, mas possui uma temática que muitos jovens gostam (embora a dificuldade de ler um livro dessa densidade).

Outra questão vem a ser o que o escritor diz como escrito para crianças ou jovens, como é o caso de "Stories and Poems for Extremely Intelligent Children of All Ages" de Harold Bloom (Lançado em português em 4 volumes pela Objetiva), que são textos clássicos comuns onde o organizador (no caso: Bloom) define como texto "adequado" para crianças extremamente inteligentes. O oposto disso vem a ser as famosas estórias dos Brüder Grimm (Jacob und Wilhelm), que foram um trabalho de compilação de narrativas orais populares, que acabaram sendo conhecidas como estórias infantis. O mesmo ocorre com Koch Grümberg e Câmara Cascudo na Amazônia. No decorrer da história, essas compilações tornaram-se infantis.

E por fim, obras "para adultos" adaptadas para o público infantil (como por exemplo a adaptação de As Viagens de Guliver feita por Clarice) ou Jovem (Como Orgulho e Preconceito e Zumbis de um mané aí que não lembro o nome). Há quem recrimina plenamente esse tipo de texto, e não sou um dos maiores fãs desse tipo de "tradução". Por via de regra, não usei nenhuma obra desse tipo na minha lista do desafio.

Eis aqui minha lista nesse mês e os livros que pretendo resenhar sobre o tema da juventude e infancia. Após resenhados, terão os Links aqui:

LISTA
Titular: O Castelo nos Pirineus - Joostein Gaarder (vou pegar emprestado de meu amigo Denis).
1º Reserva: Memórias do Quintal (Contos) - Alfredo Garcia.
2º Reserva: O Guia dos Mochileiros da Galáxia (GMG V.1) - Douglas Adams.
2º Reserva: O Grande Gatsby - F. Scott Fitzgerald

BÔNUS
O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry
Lolita - Vladimir Nabokov
O Grande Gatsby - F. Scott Fitzgerald


Curiosidade: Existe o Prêmio Hans Christian Andersen que é considerado um Nobel da Literatura Infanto-Juvenil, dada por uma empresa filiada a UNESCO. Duas brasileiras já ganharam o premio em 1982 (Lygia Bojunga) e 2000 (Ana Maria Machado). Além dessas, Katherine Paterson (1998) e J.K. Rowling (2010) ganharam o prêmio. O site oficial está disponível aqui.

2 comentários:

  1. Adorei esse post. Ao longo do mês, estivemos discutindo essa questão e seu arremate veio ao encontro das considerações debatidas no DL. De fato um texto literário quando é bom ultrapassa as delimitações de gênero podendo ainda permanecer em qualquer tempo histórico. Vou divulgar seu texto no twitter. Vale a pena ser lido. Obrigada pela contribuição.

    Bjs

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  2. Obrigado pela visita e pela divulgação. Procurei apenas expressar minha opinião em conjunto com meus conhecimentos de teoria literária, e pretendo fazer algo assim todos os meses.

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